Trabalho ou Propósito – Reflexões

(por Luciana Pacheco)

Trabalho ou Propósito – Reflexões

(por Luciana Pacheco)

Trabalhar realizando atividades alinhadas à própria vocação é o sonho de qualquer indivíduo! E trabalhar em uma empresa cujos valores estão alinhados aos seus valores pessoais é sinônimo de qualidade de vida! Isso agrega ao trabalho uma sensação de propósito.

Mas em uma época em que o desemprego no Brasil atinge 13,7 milhões de pessoas (dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE em 27/abr/2018), é um grande desafio encontrar outro propósito além de um salário para colocar comida e dignidade dentro de casa.

Embora eu defenda a recomendação de investir em um trabalho que te faça feliz, nem sempre isso é algo trivial. Bem porque, a felicidade é um conceito bem particular para cada indivíduo!

Muitos profissionais capacitados seguem fora do mercado de trabalho ou se submetem a vagas de emprego muito aquém de suas habilidades, competências e expectativas salariais, como forma de retomarem um fôlego e terem uma alternativa de sobrevivência enquanto a crise não acaba.



Mas será que a crise acaba?



Às vezes nos vemos cavando em busca de água, o buraco vai se tornando cada vez mais fundo, e a água nunca chega! A impressão que dá é que para cada pá de terra que tiramos do buraco, duas pás são jogadas de volta, para garantir que permaneçamos ocupados em cavar mais e mais rápido, em busca de um sonho que nunca chega. E nos sentindo culpados pela nossa possível ineficiência!

Mas como podemos ter clareza e saber se o melhor é continuar cavando ou abandonar o buraco em busca de outras fontes?

Essa não é uma decisão muito fácil, além de ser uma escolha pessoal e sem alternativas mágicas!



Algumas reflexões podem ajudar.



1. Analise o “trabalhar por um propósito” sob uma nova perspectiva.

Se você pensa em iniciar um empreendimento, será necessário investir esforço, dinheiro e tempo para trilhar por esse caminho. Para que esse caminho seja prazeroso ou menos doloroso, escolha uma área que você tenha domínio ou facilidade. Ainda que o caminho seja prazeroso, ele não será fácil!

Quando você opta por uma carreira que você gosta, o seu movimento e seus resultados são semelhantes a nadar em favor da correnteza. A energia do rio te arrasta em direção ao seu caminho. E você só precisa se preocupar em como se desviar dos obstáculos ou utiliza-los em seu favor.

Já quando você faz algo que não te satisfaz, você acaba enfrentando toda a resistência de uma correnteza contrária ao seu movimento. E por mais que você consiga vence-la, o gasto de energia, tempo e recursos é muito maior.



2. Antes de mudar de empresa ou carreira, avalie o real motivo da desmotivação.

Se você está insatisfeito com o seu atual trabalho ou pensando em mudar de carreira, antes de optar por uma mudança radical, tenha em mente o seguinte: ainda que você trabalhe com o que você mais gosta, algumas das atividades sempre serão muito chatas!

Mesmo quando trabalhamos com o nosso propósito, tem atividades que nós preferíamos que ficassem prontas magicamente! Mas elas não ficam! E nem tudo é possível ou prudente delegar para outros profissionais.

Trazendo a analogia da correnteza, tais atividades são como os galhos baixos ou pedras que te machucam ou te atrasam quando você está seguindo em velocidade durante o percurso. Mas lembre-se que esses mesmos obstáculos podem servir de oportunidades quando você precisar fazer uma parada ou um desvio de emergência.

Avalie se de fato é a empresa ou sua área de atuação que estão lhe trazendo desconforto. Algumas vezes a desmotivação pode estar relacionada a atividades ou a pessoas específicas. Procure identifica-las e contingencia-las.

3. Foque o mais importante.

Qual o impacto daquela atividade específica no resultado do seu propósito global? É importante avaliar isso para cada atividade acessória ao trabalho ou negócio em si.

Caso a atividade não traga benefícios reais, avalie a possibilidade de elimina-la. Mas se a atividade contribui para o seu objetivo, siga adiante mesmo que seja uma atividade chata.



LEMBRE-SE:

Nem sempre a redução de velocidade ou um pequeno desvio em seu caminho é danoso ao seu objetivo.


É importante analisar cada etapa e cada atividade de nosso trabalho como um degrau para atingirmos o resultado maior que nós desejamos!

4. Você só será capaz de se tornar um profissional de excelência amando o que faz.

É clichê, mas é uma grande verdade! Não se trata de uma alusão ao amor no sentido romântico e sonhador. O amor ao trabalho não significa necessariamente amor pela empresa onde você trabalha. Se isso acontecer também, parabéns! É um sinal que sua empresa valoriza o ser humano e não somente o profissional. Então a valorize também!

O amor pelo trabalho tem a ver com o resultado do seu esforço. Tem a ver com o valor disso para você, como indivíduo! Tem a ver com dar algo de valor aos outros e a si mesmo, com o resultado do que você faz. Ainda que, temporariamente, seu propósito seja somente um salário que devolva comida e dignidade ao lar.

Ou nós extraímos o devido aprendizado de nossas experiências e de nossas dores, ou mergulharemos na dor e perderemos nosso brilho e o nosso entusiasmo.



Ao identificar o VALOR do seu trabalho atual ou futuro, você se tornará um excelente profissional e logo descobrirá um nobre propósito!



 

Luciana Pacheco

Coach Transformacional e Headhunter


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Trabalhar realizando atividades alinhadas à própria vocação é o sonho de qualquer indivíduo! E trabalhar em uma empresa cujos valores estão alinhados aos seus valores pessoais é sinônimo de qualidade de vida! Isso agrega ao trabalho uma sensação de propósito.

Mas em uma época em que o desemprego no Brasil atinge 13,7 milhões de pessoas (dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE em 27/abr/2018), é um grande desafio encontrar outro propósito além de um salário para colocar comida e dignidade dentro de casa.

Embora eu defenda a recomendação de investir em um trabalho que te faça feliz, nem sempre isso é algo trivial. Bem porque, a felicidade é um conceito bem particular para cada indivíduo!

Muitos profissionais capacitados seguem fora do mercado de trabalho ou se submetem a vagas de emprego muito aquém de suas habilidades, competências e expectativas salariais, como forma de retomarem um fôlego e terem uma alternativa de sobrevivência enquanto a crise não acaba.

Mas será que a crise acaba?



Às vezes nos vemos cavando em busca de água, o buraco vai se tornando cada vez mais fundo, e a água nunca chega! A impressão que dá é que para cada pá de terra que tiramos do buraco, duas pás são jogadas de volta, para garantir que permaneçamos ocupados em cavar mais e mais rápido, em busca de um sonho que nunca chega. E nos sentindo culpados pela nossa possível ineficiência!

Mas como podemos ter clareza e saber se o melhor é continuar cavando ou abandonar o buraco em busca de outras fontes?

Essa não é uma decisão muito fácil, além de ser uma escolha pessoal e sem alternativas mágicas!

Algumas reflexões podem ajudar.



1. Analise o “trabalhar por um propósito” sob uma nova perspectiva.

Se você pensa em iniciar um empreendimento, será necessário investir esforço, dinheiro e tempo para trilhar por esse caminho. Para que esse caminho seja prazeroso ou menos doloroso, escolha uma área que você tenha domínio ou facilidade. Ainda que o caminho seja prazeroso, ele não será fácil!

Quando você opta por uma carreira que você gosta, o seu movimento e seus resultados são semelhantes a nadar em favor da correnteza. A energia do rio te arrasta em direção ao seu caminho. E você só precisa se preocupar em como se desviar dos obstáculos ou utiliza-los em seu favor.

Já quando você faz algo que não te satisfaz, você acaba enfrentando toda a resistência de uma correnteza contrária ao seu movimento. E por mais que você consiga vence-la, o gasto de energia, tempo e recursos é muito maior.

2. Antes de mudar de empresa ou carreira, avalie o real motivo da desmotivação.

Se você está insatisfeito com o seu atual trabalho ou pensando em mudar de carreira, antes de optar por uma mudança radical, tenha em mente o seguinte: ainda que você trabalhe com o que você mais gosta, algumas das atividades sempre serão muito chatas!

Mesmo quando trabalhamos com o nosso propósito, tem atividades que nós preferíamos que ficassem prontas magicamente! Mas elas não ficam! E nem tudo é possível ou prudente delegar para outros profissionais.

Trazendo a analogia da correnteza, tais atividades são como os galhos baixos ou pedras que te machucam ou te atrasam quando você está seguindo em velocidade durante o percurso. Mas lembre-se que esses mesmos obstáculos podem servir de oportunidades quando você precisar fazer uma parada ou um desvio de emergência.

Avalie se de fato é a empresa ou sua área de atuação que estão lhe trazendo desconforto. Algumas vezes a desmotivação pode estar relacionada a atividades ou a pessoas específicas. Procure identifica-las e contingencia-las.

3. Foque o mais importante.

Qual o impacto daquela atividade específica no resultado do seu propósito global? É importante avaliar isso para cada atividade acessória ao trabalho ou negócio em si.

Caso a atividade não traga benefícios reais, avalie a possibilidade de elimina-la. Mas se a atividade contribui para o seu objetivo, siga adiante mesmo que seja uma atividade chata.

LEMBRE-SE:

Nem sempre a redução de velocidade ou um pequeno desvio em seu caminho é danoso ao seu objetivo.


É importante analisar cada etapa e cada atividade de nosso trabalho como um degrau para atingirmos o resultado maior que nós desejamos!

4. Você só será capaz de se tornar um profissional de excelência amando o que faz.

É clichê, mas é uma grande verdade! Não se trata de uma alusão ao amor no sentido romântico e sonhador. O amor ao trabalho não significa necessariamente amor pela empresa onde você trabalha. Se isso acontecer também, parabéns! É um sinal que sua empresa valoriza o ser humano e não somente o profissional. Então a valorize também!

O amor pelo trabalho tem a ver com o resultado do seu esforço. Tem a ver com o valor disso para você, como indivíduo! Tem a ver com dar algo de valor aos outros e a si mesmo, com o resultado do que você faz. Ainda que, temporariamente, seu propósito seja somente um salário que devolva comida e dignidade ao lar.

Ou nós extraímos o devido aprendizado de nossas experiências e de nossas dores, ou mergulharemos na dor e perderemos nosso brilho e o nosso entusiasmo.

Ao identificar o VALOR do seu trabalho atual ou futuro, você se tornará um excelente profissional e logo descobrirá um nobre propósito!



 

Luciana Pacheco

Coach Transformacional e Consultora de Talentos


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